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Autismo: sinais precoces e diagnóstico

Os primeiros sinais de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) podem ser sutis, mas são cruciais para um diagnóstico precoce. A falta de contato visual, a ausência de resposta ao ser chamado pelo nome e a falta de expressão facial ou reciprocidade social, como sorrir, são indícios que podem ser notados até mesmo antes do primeiro ano de vida.

Durante o mês do Orgulho Autista, Vanessa Costa, consultora técnica de saúde da Federação das Apaes do Espírito Santo (Feapaes-ES), enfatiza a importância de pais e profissionais de saúde estarem atentos a esses sinais. A observação cuidadosa pode fazer uma diferença significativa na vida de uma criança com TEA.

A partir dos 24 meses, outros comportamentos podem indicar a presença de autismo, como interesses restritos e intensos, foco excessivo em partes específicas de objetos ou a tendência de alinhar brinquedos repetidamente. Crianças com TEA também podem apresentar rotinas rígidas, ficando muito incomodadas com pequenas mudanças, e habilidades motoras e sensoriais incomuns, como sensibilidade extrema a sons, texturas ou luzes.

Se houver suspeita de TEA, é fundamental buscar ajuda especializada. Vanessa Costa orienta que o primeiro passo é agendar uma consulta com o pediatra da criança ou com um médico da unidade básica de saúde. Esses profissionais podem realizar uma triagem inicial e, se necessário, encaminhar a criança para serviços especializados para avaliação por uma equipe multidisciplinar.

O diagnóstico de TEA é clínico e baseado em avaliações comportamentais, entrevistas com pais ou cuidadores e testes específicos, pois não existem marcadores biológicos para o transtorno. “O processo de confirmação ou exclusão do diagnóstico deve envolver uma equipe multidisciplinar composta por médico, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, entre outros, seguindo os critérios do DSM-5,” explica Vanessa Costa.

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), atualmente em sua quinta edição (DSM-5), é desenvolvido pela Associação Americana de Psiquiatria e incorpora novos critérios a cada atualização para definir diagnósticos. Ter um diagnóstico preciso e precoce pode abrir portas para intervenções e suportes essenciais, promovendo o desenvolvimento e bem-estar das crianças com TEA.

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