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Evento celebra quatro anos de criação do Fundo Soberano do Espírito Santo

Para celebrar os quatro anos do Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses), as instituições que compõem a estrutura de governança do Funses se reuniram no evento “Fundo Soberano do Espírito Santo: Desenvolvimento para o presente, segurança para o futuro”, realizado no Salão Nobre do Palácio Anchieta, em Vitória. O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), que exerce o papel de operador do Fundo, esteve presente no encontro. Outros órgãos governamentais também participaram da solenidade.

 

Para celebrar os quatro anos do Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses), as instituições que compõem a estrutura de governança do Funses se reuniram no evento “Fundo Soberano do Espírito Santo: Desenvolvimento para o presente, segurança para o futuro”, realizado no Salão Nobre do Palácio Anchieta, em Vitória. O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), que exerce o papel de operador do Fundo, esteve presente no encontro. Outros órgãos governamentais também participaram da solenidade.

Pioneiro no País, o Fundo Soberano foi concebido em 2019 pelo Governo do Estado com o objetivo de garantir uma gestão responsável e de longo prazo das receitas provenientes da exploração dos recursos de petróleo e gás natural do Estado, beneficiando as gerações atuais e futuras. Sua gestão fica por conta do Conselho Gestor do Fundo Soberano do Estado do Espírito Santo (COGEF).

Oriundos do Fundo Soberano, dois produtos foram disponibilizados para benefício de toda a sociedade capixaba. Uma parte do Fundo é destinada para uma poupança intergeracional e a outra para ações voltadas ao desenvolvimento. Por esses mecanismos do Funses, demais instrumentos podem ser projetados e desenvolvidos, como é o caso do FIP Funses 1 e mais recentemente, o Programa Funses ESG de Desenvolvimento.

No evento, o governador Renato Casagrande comentou um pouco sobre a história da criação do Funses. “Os fundos soberanos são criados por países em boa situação financeira, com território pequeno e com objetivo de expandir sua atuação além das fronteiras. No caso do Espírito Santo, nós queríamos o contrário: investir no território capixaba. Por isso, a ideia do Fundo Soberano veio no meu primeiro governo. Em 2014, chegamos a enviar um Projeto de Lei, mas a gestão seguinte acabou retirando essa proposta”, lembrou.

Casagrande recordou ainda que, naquela época, a atividade do petróleo estava crescendo e a percepção era de que a atividade se constituía numa espécie de “herança maldita”, tendo em vista que o recurso natural era finito. “Então, nós questionamos sobre como aproveitar essa riqueza do presente no futuro. Passamos a ouvir pessoas de Cingapura e da Noruega e logo que retornei ao Governo em 2019 encaminhamos um novo Projeto de Lei e agora estamos comemorando um ano de real atividade do Fundo”, pontuou.

“Os estados brasileiros que são produtores de petróleo e gás, todos eles utilizam os seus royalties para financiar as políticas de curto prazo. Diferentemente, e de forma inovadora, o Espírito Santo é o único estado da Federação que resolveu colocar de pé um fundo intergeracional, ou seja, nós não utilizamos a curto prazo os recursos dos royalties, do petróleo e do gás. Nós utilizamos esses recursos num programa de modo a apoiar empreendedores capixabas ou de outros lugares que queiram vir para cá, para nos ajudar a desenvolver o Espírito Santo”, destacou o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço.

Também estiveram o presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), Marcelo Santos; os deputados estaduais Bispo Alves, João Coser, Alexandre Xambinho, Mazinho dos Anjos, José Esmeraldo, Vandinho Leite, Alan Ferreira e Tyago Hoffmann; os secretários de Estado, Benício Costa (Fazenda) e Enio Bergoli (Agricultura); o procurador-geral do Estado, Jasson Hibner; além de dirigentes de autarquias.

Funses 1

O Fundo de Investimento em Participações (FIP) Funses 1 tem um capital subscrito de R$ 250 milhões, com duração de dez anos, prorrogável por mais dois anos, sendo os cincos primeiros anos considerados como período de investimento.  Como estratégia de formação de carteira, o Fundo conta com um portfólio diversificado, investindo em setores estratégicos, com foco em inovação no ambiente produtivo e/ou social, atuando em todos os estágios de captação de recursos das empresas que buscam investimentos de R$ 200 mil até R$ 30 milhões.

O Funses 1 permite a atração de novos negócios, com emprego e renda para a população. Com vasta experiência na gestão de venture capital, a gestora do FIP selecionada por meio de chamada pública, TM3 Capital, trabalha no Espírito Santo em conjunto com a empresa ACE, que atua como aceleradora de startups no mercado capixaba. A ACE tem o papel de desenvolver as startups e empresas de base tecnológica, auxiliando-as para tornar os modelos de negócios consolidados e aptos a receber aportes do FIP.

O Fundo tem uma tese multiestratégia e investe, preferencialmente, nos setores de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC); Nanotecnologia; Varejo e Comércio Eletrônico; Economia Criativa, Serviços Financeiros; Economia Digital; Educação; Saúde e Ciências da Vida; Energias Renováveis; Químico e Materiais; Meio Ambiente; Agronegócio; Metalmecânico; Transporte; Logística; Rochas Ornamentais; Economia do Turismo e Lazer; Madeira e Móveis; e Confecção Têxtil e Calçados.

Com um ano de atuação produtiva, o FIP vinculado ao Fundo Soberano tem fomentado o ambiente de negócios inovadores e fortalecido o ecossistema local. E os dados é que comprovam: já foram aceleradas 77 startups em três edições de aceleração digital. No mesmo período, 17 empresas receberam aportes, sendo que 12 delas passaram por processo de aceleração com investimento e as outras cinco com investimento direto. O Funses 1 traz ao todo R$ 33,7 milhões investidos para criar um ambiente de negócios nesse primeiro ano.

O programa de aceleração de startups do Funses 1 funciona como um investimento no futuro dos capixabas, ajudando novos negócios a crescerem no mercado. Para isso, a aceleração digital faz um acompanhamento da startup e busca sanar as demandas da empresa.

“São mais de 100 empresas de startups que foram apoiadas. Agora nós estamos lançando a segunda etapa, com mais R$ 250 milhões para apoiar empreendedores capixabas que queiram gerar emprego, trabalho, renda, ajudar a desenvolver o Estado. Ajudar a desenvolver aquelas regiões que são menos favorecidas, mas tem que ter pegada na transição energética, tem que ter governança, tem que ter sustentabilidade, ou seja, não é apoiar por apoiar, é fazer de fato uma classificação dos projetos, dos programas que geram impacto no território capixaba. É isso que nós estamos fazendo aqui”, acrescentou o vice-governador.

Funses ESG

Pensando num futuro mais sustentável, foi lançado em maio deste ano o Programa Funses de Desenvolvimento para criar infraestrutura econômica e estimular o desenvolvimento sustentável do Estado. São R$ 250 milhões originários do Fundo Soberano, aplicados por meio de subscrição de Debêntures pelo Fundo, destinados ao financiamento de projetos que intensifiquem o crescimento da economia estadual, o incentivo à inovação e à sustentabilidade nos setores da indústria, educação, energia e saúde capixabas.

O investimento será entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões por empresa, em projetos selecionados por meio de edital de chamada pública, que ainda está aberto, com o investimento máximo de 80% pelo Funses. O prazo total será de até dez anos, com período de carência limitado a quatro anos. As debêntures, que são títulos de dívida emitidos por empresas, serão pagas com juros de até 100% da taxa Selic, dependendo da localização do projeto da empresa, que será avaliada com base em índices de desenvolvimento sustentável e participação dos municípios. A depender desses índices, os juros podem ter um desconto de até 10%.

As práticas ESG (Environmental, Social and Governance – ou em português, Ambiental, Social e Governança) representam uma abordagem que visa avaliar e monitorar o desempenho das empresas em três dimensões interligadas. Essas práticas desempenham o papel de indicadores de desempenho corporativo, levando em consideração não apenas a rentabilidade financeira, mas também o impacto social e ambiental da empresa, bem como sua governança.

Por meio do suporte da agenda ESG, as empresas agora são capazes de avaliar e gerenciar riscos em áreas que, anteriormente, não eram consideradas prioritárias para o sucesso financeiro. Essas práticas auxiliam as organizações a aprimorar sua reputação, reduzir os riscos associados à imagem e às operações, atrair investimentos responsáveis e contribuir para o desenvolvimento sustentável e responsável das comunidades onde estão inseridas.

O diretor presidente do Bandes, Marcelo Barbosa Saintive, comemorou os quatro anos do Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses) e destacou o impacto socioeconômico alcançado.

“O Funses possibilitou a criação de duas ferramentas que estão sendo de extrema importância para a garantia de um futuro digno para toda a sociedade capixaba. O FIP Funses 1 que está atuando há um ano, por exemplo, impulsiona a inovação e o desenvolvimento ao investir em setores estratégicos. Já o Funses ESG representa nosso compromisso em construir um futuro mais sustentável, financiando projetos que consideram aspectos ambientais e sociais. Estamos otimistas em relação ao futuro, esperando que ambos os programas continuem impulsionando o crescimento econômico e contribuindo para o bem-estar da população capixaba”, afirmou o presidente.

Conheça mais sobre o Fundo Soberano do Espírito Santo em: www.funses.es.gov.br

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