Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emef) e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) da Serra já estão em clima de trabalhar o tema da inclusão na educação por meio de ações pontuadas pelo Setembro Verde. O mês dedicado à reflexão sobre os direitos das pessoas com deficiência inclui uma vasta programação na rede de ensino do município.
Todas as atividades são orientadas pela Gerência de Educação Especial (GEE) da Secretaria de Educação da Serra (Sedu), que, desde 2015, propõe uma ação prática na escola em setembro por meio do projeto “Dia Diferente para Quem é Especial”. O objetivo é levar inclusão a partir de ações de lazer e recreação.
A estratégia acontece nas unidades por meio de ações dos professores da Educação Especial a partir de um trabalho conjunto com os outros profissionais envolvendo alunos, suas famílias e comunidade.
Quem abre a programação é o CMEI Selma Nacif Elias, em Cidade Continental setor Ásia, nesta quarta-feira (30), com apresentações às 7h10 e às 13h10 da contadora de histórias Cléia Plaster.
O tema da performance é “Meu Pequeno Hique: uma história sobre o TEA”, em que ela vai abordar o autismo.
Ao longo do mês de setembro, estão previstas intervenções, gincanas, atividades pedagógicas sempre envolvendo a inclusão dos alunos especiais em todas as 144 escolas.
Seminário
Fora as atividades nas escolas, um dos pontos de destaque é o III Seminário de Educação Especial da Serra, realizado pela GEE, em 21 de setembro, às 19h, no canal Educa Serra, no YouTube.
O evento vai contar com palestra da professora doutora Carline Santos Borges, com a temática “O Atendimento Educacional Especializado e Práticas Pedagógicas Inclusivas: PDI e Rede de Colaboração”.
Educação Especial
Atualmente, a rede da Serra atende a aproximadamente 4 mil estudantes especiais. São alunos com comprometimentos nas áreas física, intelectual ou sensorial (surdos, cegos, baixa-visão, surdo-cego) e com transtornos globais do desenvolvimento (autismo, síndromes do espectro autista e psicose infantil), bem como os de altas habilidades ou superdotação.
A gerência especializada promove ao longo do ano formação continuada aos professores e profissionais da Educação. No atendimento aos alunos especiais, elencou escolas como polos para acolhimento e apoio de acordo com a deficiência dos estudantes no contraturno.
Entre os projetos de inclusão, há o “Libras na Escola”, que leva aulas de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para toda a comunidade escolar da Emef Feu Rosa. Outra iniciativa é o “Café com Prosa” em que as escolas são visitadas e um bate-papo sobre educação inclusiva faz parte do cardápio de uma mesa caprichada de café da manhã.
Para a gerente de Educação Especial, Karolini Breciane, o Setembro Verde é oportunidade de dar visibilidade no combate ao preconceito às pessoas com deficiência no ambiente escolar, onde se dará a formação de futuros cidadãos.
“Somos diferentes em vários aspectos. A Educação precisa respeitar as diferenças para o desenvolvimento de uma escola e sociedade inclusiva. A inclusão escolar nos provoca uma mudança de postura frente à inclusão e a escola cumpre um papel importante para a construção de cidadãos inclusivos”, aponta.